7 coisas que parei de fazer depois de ser mãe

Fonte Pexels por Laura Garcia 

É normal que durante a sua primeira gravidez (ou a qualquer momento, na verdade), você imagine como será a vida depois que o bebê nascer.

Você sonha com seus abraços macios, seu lindo cheiro leitoso e aquele amor avassalador que vem com o efeito da oxitocina.

Mas se tem algo em que realmente não pensei foi em todas as coisas que deixaria de fazer quando nossa bebê chegasse.

Claro, eu sabia que as coisas mudariam e que sair de casa provavelmente seria um pouco mais difícil, mas essas são as coisas que todo mundo conta.

Só quando me tornei mãe é que percebi que havia algumas coisas que eu precisava decidir por mim mesma e que precisava parar.

Não porque um bebê vai me impedir de fazer, mas porque pará-los me tornou uma mãe melhor e me fez sentir melhor comigo mesma.

Quando você se torna mãe, você está aprendendo um novo papel, uma nova parte de você que acabou de ser criada, e pode levar algum tempo para se ajustar.

Saiba que você tem a capacidade de tomar decisões por si mesma, fazer escolhas capacitadas e informadas, e você também pode impedir qualquer uma dessas coisas, se assim desejar.

Essas são apenas algumas das coisas que parei quando nosso bebê chegou.

1 – Dizer ‘Sim’ para todo mundo


Eu gosto de ajudar as pessoas, de verdade, quando eu me proponho a fazer isso claro. 

Mas sempre tem aquela pessoa que acha que você por ser mãe e dona de casa não faz nada de importante e pode parar a sua vida para ajudá-la com o que quer que seja. 

Eu mesma antes de pedir qualquer tipo de ajuda eu pergunto antes sobre a disponibilidade pois eu sei o quão chato é essa situação e não quero atrapalhar ninguém, mesmo que eu tenha que me desgastar sozinha.

Aprendi que dizer não aos outros muitas vezes significa dizer sim a si mesmo.

Isso é muito importante, independente de você ser mãe ou não. Você tem que dizer sim para si mesmo.

Cuidar de você é muito importante . Você não pode derramar de um copo vazio, e ser mãe exige derramar muito do seu copo.

Aqueles que te amam e apoiam vão entender que você precisa colocar você e seu bebê em primeiro lugar, se não o fizerem, então não merecem o seu tempo.


2 – Ser pontual ao chegar nos lugares


Para ser totalmente honesta, nunca fui muito bom em chegar a algum lugar na hora certa. Geralmente eu chegava em cima da hora ou alguns poucos minutos atrasada.

Mas quando me tornei mãe, senti que precisava chegar aos lugares na hora certa ou cedo para provar que tinha essa coisa de maternidade sob controle.

Eu sei, eu sei… mas parecia que se eu conseguisse chegar aos lugares a tempo, os outros acreditariam que eu era uma boa mãe.

E como eu tentei, me programava para começar a me arrumar e arrumar as crianças cedo mas por algum motivo nunca dava certo e sempre tinha alguém para julgar. Você sabe o quanto isso é estressante?

Em vez de enlouquecer por chegar a algum lugar na hora certa, simplesmente aceitei que não havia problema em chegar atrasada.

Mesmo que algumas pessoas não entendessem que a minha filha tinha feito cocô e vazado e precisado tomar um segundo banho, ou que eu tive que trocar de camisa três vezes antes de sair de casa porque vazava leite nelas ou qualquer outro acontecimento da maternidade.

Afinal tudo isso seria problema meu. E deixar de neura por conta disso tornou as coisas mais leves.


3 – Me sentir eu mesma


Por mais de um ano após o nascimento da minha primeira filha, lutei para encontrar qualquer semelhança comigo mesma antes de ser mãe.

Não apenas me tornei mãe, mas também não estava trabalhando na carreira que amava porque tive que trancar a faculdade, e não tinha tempo para fazer nada que amava fazer antes.

Eu me senti uma pessoa totalmente diferente e foi estranho.

Em algum momento nos meses seguintes um estalo veio e percebi que estava tentando me sentir como antigamente, em vez de descobrir como o “velho” eu e o “novo” eu se encaixavam.

Eu estava empurrando completamente o 'novo' eu para o lado, tentando esquecer que ela existia, o que é praticamente impossível de fazer.

Desisti de tentar me sentir eu mesma e comecei a prestar atenção em quem eu era agora.

Parece simples e estranho ao mesmo tempo, mas fez uma grande diferença.

Desisti da expectativa de que deveria ser a pessoa que era antes e simplesmente comecei a fazer as coisas que queria, fazer o que me fazia feliz e gostar da pessoa que eu era, agora.

4 – Julgar outras Mães


Somos todos pais perfeitos, até termos filhos para nós mesmos.

Não tenho vergonha de admitir que antes de me tornar mãe, eu imaginava a maternidade de modo diferente e dizia 'quando eu tiver filhos, nunca irei...'. E na época eu realmente acreditei que era verdade.

Eu rapidamente percebi que realmente não há lugar para julgar outras mães.

Estamos todas fazendo o nosso melhor, trabalhando com o que temos e fazendo o que podemos para superar as nossas limitações e entregando o nosso melhor para nossos filhos.

Às vezes, fazemos escolhas parentais incríveis que nos fazem querer gritar para o mundo. Outras vezes, nem tanto. Mas não podemos ser pais perfeitos o tempo todo.

Percebi que estava julgando outras mães com base em um pedacinho de tempo, não conhecia a história delas, não sabia nada sobre elas. Assim como tenho certeza de que também fui julgada (e sinceramente não me importo).

Acho que um dos passos para se tornar confiante em sua capacidade como mãe envolve desistir de julgar os outros. E foi algo que fiquei feliz por ter desistido rapidamente.

5 – Me colocar em último lugar


Acredito que isso seja algo que a maioria das mães aprendem, pois é repassado há gerações, para ser uma boa mãe e esposa, é necessário sempre colocar tudo e qualquer coisa a frente de si mesma.

Não importa se você está cansada da madrugada exaustiva que teve com o bebê, acorde cedo com um sorriso no rosto, faça café para o seu marido que vai sair trabalhar. 

Você tem um RN em casa mas precisa fazer o almoço, janta, café e ainda manter a casa impecável, se chegou uma visita inesperada em casa, então deixe o seu bebê de lado e sirva o café da tarde com uma bela mesa posta e um bolo caseiro quentinho. 

A mamãe começou a trabalhar, se vire nos 30 ao chegar em casa, mesmo cansada limpe a casa de madrugada se for preciso para que no outro dia tudo amanheça no lugar. 

Para ser sincera estou até irritada só de escrever esse tópico. Somos seres humanos e não damos conta de tudo, precisamos nos colocar em primeiro lugar pela nossa saúde mental e física também.

E não adianta vir dizer que há antigamente... bla bla bla, quantas mães de antigamente colocavam as responsabilidades nos filhos mais velhos (que nem eram tão velhos assim) como cuidar do irmão ou da casa para hoje vir dizer que dava conta de tudo.

Eu sei que havia quem se desdobrasse em mil e uma para dar conta de tudo mas sinceramente, eu me nego a isso.

Ah Camila mas 'Uma mãe, que vendo que só há 4 fatias de torta para 5 pessoas, prontamente afirma que nunca gostou muito de torta.'

NÃO!! Não!

Cuide de si, sirva a si pois você também é importante, também merece descanso e merece muito ser cuidada.

6 – Tentando fazer tudo sozinha


Minha mãe pode dizer que não gosto de pedir ajuda… para nada. Ela chama isso de teimosia. Mas estou começando a me permitir ter ajuda de quem se dispõe a me ajudar. 

Depois que tive minha primeira filha, ainda estava bastante determinada a fazer a maioria das coisas sozinha ou com a ajuda de meu marido. 

Mas um tempo depois que nossa segunda bebê chegou, percebi como seria bom ter alguém para ajudar mesmo que fosse com algo super pequeno.

Engraçado que mesmo tendo essa consciência eu não me permitia ser ajudada, até que minha mãe falou comigo e eu comecei a permitir que ela me ajudasse, olhando as minhas filhas enquanto vou ao mercado por exemplo.

Ou simplesmente permitir minhas filhas ficarem na casa da avó e da minha tia para que eu pudesse ajeitar umas coisas em casa. É algo tão bom, que eu me pergunto onde isso esteve durante toda a minha vida?

Ter dois filhos significava que não tinha escolha, tive que parar de tentar fazer tudo sozinha e começar a aceitar e pedir ajuda. E sabe de uma coisa? Não foi tão doloroso quanto pensei que seria!

Na verdade é muito bom saber que tenho pessoas perto com quem contar, quem cuide das minhas pequenas tão bem quanto eu mesma.

Amo vocês! Muitíssimo obrigada! 
 

7 – Pensar que tinha muito tempo para alcançar meus objetivos


Você conhece aquele momento feliz aos vinte e poucos anos, quando parece que você tem todo o tempo do mundo para fazer todas as coisas? 

Quando você pensa nas coisas que deseja alcançar na vida, elas estão sempre embrulhadas em um período de tempo “muito mais tarde”, porque você tem muito tempo. 

Assim que minha primogênita nasceu, parecia que o tempo começou a avançar e se mover na velocidade da luz.

Antes que eu percebesse, os dias se transformaram em meses que se transformaram em anos e então percebi que eu estou mais perto dos meus 30 anos muito antes do que eu sequer imaginava.

Eu tinha grandes objetivos na minha vida, mas não iria alcançá-los se não começasse a fazer alguma coisa.

Um desses objetivos era ser uma arquiteta realizada profissionalmente, morar em outro país, além disso escrever romances, ter aquele carro dos meus sonhos, eram tantos objetivos.

Eu sempre repeti para mim mesma e para quem me perguntasse que tudo isso ficaria para depois e que eu teria todo o tempo do mundo para realizar, não que não fosse verdade mas todo o tempo do mundo é um exagero né.

Eu percebi certo dia que a vida não iria parar e me esperar, minhas filhas estão crescendo e começando a ir para escola e um dia não serão tão dependentes de mim.

Eu precisei parar e pensar que meus objetivos que estavam em pausa ainda poderiam acontecer, mas eu precisava começar a agir para alcançá-los.

Eu sei que isso não é necessariamente algo que acontece sempre quando um bebê chega, mas realmente me fez começar a pensar na minha vida como mãe e modelo e que tipo de 'legado' eu queria deixar para as minhas filhas.

Muitas vezes pensamos em todas as coisas que temos que começar a fazer quando temos um bebé e não pensamos muito nas coisas que deixamos de fazer (além de poder sair quando quiser…).

Antes que você fique muito brava dizendo que mal dá conta do que está acontecendo agora para pensar nos objetivos que pausou, respire fundo e aproveite esse tempo de agora, enquanto estiver com seu bebê o ame intensamente, cuide e viva no seu tempo.

Eu já passeio por isso e não faz muito tempo, quantas mães passam pelo mesmo que nós. Precisando se adaptar a rotina a vida de ser mãe, esposa e trabalho. 

O que eu quis dizer nesse tópico é não esqueça seus objetivos e que o tempo irá passar de qualquer jeito. Não é fácil mas não é impossível também.

Tenho a certeza de que o seu papel de mãe mudará com o tempo, o seu tempo com as crianças irá mudar também, e a rotina aqui é muito importante para poder dar conta de tudo.

Eu me dei o tempo que achei necessário pausar e agora desejo voltar a agir para alcançar meus objetivos, mesmo que alguns deles tenham mudado com o tempo. 

Desejo o mesmo a você mãe, que consiga deixar de fazer algumas coisas também quando o seu bebê chegar que te permita ser mais confiantes e feliz também como mãe.

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